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Política

Tatiana Medeiros tem prisão mantida após passar por audiência de custódia

A parlamentar foi presa pela por suposto crime eleitoral, possível envolvimento com facção criminosa e compra de votos

A vereadora Tatiana Medeiros passou por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (4), no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). A parlamentar foi presa pela Polícia Federal por suposto crime eleitoral, possível envolvimento com facção criminosa e compra de votos com dinheiro oriundo da organização. A ação faz parte da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, cuja primeira etapa foi deflagrada em dezembro de 2024.

Tatiana chegou ao TRE por volta das 8h30, carregando uma bíblia nas mãos. A produção de imagens durante a audiência foi proibida por determinação judicial. Durante a sessão, a defesa da vereadora solicitou a suspensão da prisão preventiva, enquanto o Ministério Público Federal pediu vistas do processo. No entanto, o juiz Luiz Henrique Moreira Rêgo decidiu manter a prisão de Tatiana Medeiros. Ele, no entanto, concedeu a transferência da parlamentar para uma sala de Estado Maior, no Quartel do Comando Geral (QCG). A Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí (OAB-PI), se habilitou nos autos do processo e acompanha o caso.

Foto: Band Piauí/Antônio Barbosa

A Operação Escudo Eleitoral investiga a articulação entre políticos e facções criminosas para compra de votos e financiamento irregular de campanhas eleitorais. A investigação também aponta possíveis desvios de recursos públicos do Instituto Vamos Juntos, fundado por Tatiana. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados à parlamentar e a pessoas próximas.

Durante a ação, o carro da mãe da vereadora, Odélia Medeiros, foi apreendido, além de aparelhos eletrônicos e documentos vinculados ao Instituto Vamos Juntos. O padrasto da parlamentar, Stênio Ferreira, e a secretária, Emanuely Pinho, foram afastados de suas funções públicas.

Tatiana Medeiros foi eleita pela primeira vez nas eleições de 2024, com 2.925 votos. Ela foi afastada por 60 dias da Câmara Municipal por decisão da Justiça Eleitoral e está proibida de frequentar o instituto que fundou.

Além da vereadora, o namorado dela, Alandilson Cardoso Passos, também foi alvo da investigação. Ele teve mandado de prisão preventiva cumprido em Minas Gerais, onde está detido desde novembro do ano passado, após ser preso durante uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Alandilson é suspeito de integrar uma facção criminosa e, no momento da prisão, estava acompanhado da vereadora.

Foto: Band Piauí/Antônio Barbosa

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